Nesta quarta-feira (09), celebramos o Dia Internacional dos Povos Indígenas, uma data que nos convida a reconhecer, honrar e valorizar a rica diversidade cultural e histórica das comunidades indígenas ao redor do mundo.
Neste dia, renovemos nosso compromisso em respeitar seus direitos, proteger suas terras e promover o diálogo intercultural, para que as futuras gerações possam continuar a se inspirar na sabedoria e na resiliência dos povos indígenas.
Juntos, construímos um futuro mais inclusivo e harmonioso, onde as vozes e contribuições dessas comunidades sejam reconhecidas e celebradas.
Em Mato Grosso do Sul, dentre muitos, vale a pena destacar a vida dos ícones nascidos em nosso Estado, que marcaram e marcam a defesa dos povos originários:
Marçal de Souza, Tupã-Y (1920 – 1983)
Defensor incansável dos povos nativos da América do Sul e um dos líderes precursores das lutas dos guaranis pela recuperação e pelo reconhecimento de seus territórios ancestrais. Foi também um dos criadores do movimento indígena brasileiro, tendo sido um dos fundadores e participado da primeira diretoria da União das Nações Indígenas (UNI), entidade que congrega indígenas brasileiros, fundada em 1980.
Enir Terena (1955 – 2016)
Foi a primeira cacique mulher de Mato Grosso do Sul e fundadora da aldeia urbana Marçal de Souza. Lutou pela educação de qualidade na 1ª aldeia urbana do Brasil, que ajudou a construir no bairro Tiradentes, em Campo Grande, retirando famílias indígenas que viviam em favelas espalhadas pela cidade.
Jaqueline Kunã Aranduhá
Coordenadora na Kuñangue Aty Guasu, Grande Assembleia de Mulheres Kaiowá e Guarani e uma das finalistas do Prêmio Inspiradoras 2022, na categoria Acesso à Justiça. Cientista social pela UFGD, também é coordenadora do Mapa da Violência contra a Mulher Indígena.
Marta Guarani (1942-2003)
Sobrinha de Marçal de Souza, foi líder articuladora das causas indigenistas e feministas, e uma guerreira incansável na união dos povos na luta por seus direitos e demarcação de terras. Marta teve participação ativa no movimento de mulheres como integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher e liderando a representação de mulheres indígenas de Mato Grosso do Sul na Conferência Nacional de Mulheres Brasileiras.