A defensora pública Gabriela Barcellos, associada da ADEP-MS (Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Mato Grosso do Sul), contribuiu com a atuação em um caso complexo de violência doméstica, no qual uma mulher foi vítima de tentativa de feminicídio.

No episódio, o agressor, seu companheiro, a feriu gravemente após ela se recusar a participar de uma “brincadeira” de roleta russa. Ele atirou em seu rosto, mas, felizmente, a vítima sobreviveu ao ataque.

A defensora que atua na Comarca de Paranaíba ressaltou a importância de ouvir e proteger a voz da vítima, garantindo que ela não fosse culpabilizada pela violência sofrida, uma postura que, infelizmente, ainda é comum em casos de violência doméstica. Gabriela enfatizou aos jurados a realidade do ciclo de violência e a vulnerabilidade da vítima, que havia sofrido abusos anteriores e se encontravam em uma situação de dependência emocional.

“Meu objetivo era garantir que a vítima não fosse culpabilizada pela violência sofrida. Em casos como este, precisamos romper com o ciclo de silêncio e preconceito, e garantir que a voz da vítima seja ouvida e respeitada. Justiça é responsabilizar o agressor e proteger a dignidade da mulher que sobreviveu”, pontou a associada.

Além de enfrentar uma linha de defesa que tentava responsabilizar a própria vítima pelo tiro, Gabriela garantiu que a versão dela prevalecesse. Seu trabalho obteve uma sentença de 15 anos e 9 meses de prisão em regime fechado para o agressor, durante julgamento realizado em 29 de outubro, oferecendo à vítima a esperança de recomeçar sua vida sem a sombra da violência.

 

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