Ser Defensora Pública era um sonho de Maritza Brandão, que desde pequena admirava o trabalho de sua mãe, Olga Brandão, que é dessa área jurídica. Antes de entrar na carreira, ela atuava como advogada, mas sempre almejou passar no concurso, e quando conseguiu a mudança profissional, estava certa de que tinha escolhido o que gostaria de exercer pelo resto da vida.
Seguindo a paixão, ela entrou na Defensoria Pública em 20 de abril de 2004 e foi designada à Comarca de Pedro Gomes. Defensora há 17 anos, Maritza já atuou também em Costa Rica e Aquidauana, e atualmente está em Campo Grande, há nove anos, onde se considera muito feliz por atuar na Defensoria Criminal, área que sempre desejou.
A atuação profissional e o contato com os hipossuficientes mudaram a visão de mundo da Defensora. “Vejo o quanto temos e o quanto podemos, enquanto a maioria da população é carente e necessita de órgãos que busquem a diminuição das classes sociais, tão absurdamente distintas em nosso país”, opina.
“O sentimento e sensações ao atender os hipossuficientes, primeiramente foi de mudança de pensamento de vida, de como meus valores modificaram e o quanto é importante dar dignidade e esperança aos assistidos, e que eu poderia, através do meu trabalho, devolver a efetiva cidadania a cada um deles. Atualmente trabalho na área criminal e enxergo a profissão da Defensoria Pública daqui alguns anos, mais evoluída e estruturada para o atendimento da população”, complementa Maritza.
Durante todos esses anos na Defensoria Pública o que mais lhe chama atenção na instituição é a grandiosidade do trabalho desenvolvido que, diariamente, busca devolver dignidade à população carente que tem tão pouco olhar de preocupação dos governantes do país. Sua motivação para continuar na carreira é o sorriso que recebe, cada gesto dos assistidos de gratidão e realização, quando recebem a tão almejada justiça, bem como sua melhora como ser humano a cada dia que passa.
“Uma lembrança que me marcou muito foi um presente de um assistido que atendi, presente no dia das mães, com um recado escrito: ‘Dra Maritza, a senhora não tem noção da diferença que fez e faz em minha vida, que Deus abençoe a senhora e seu filho’. Nunca me esquecerei disso”, lembra.
Associada desde que tomou posse, Mariza argumenta sobre as lutas da ADEP-MS em favor da categoria. “Sou associada há 17 anos e sim, a Administração da Defensoria Pública juntamente com a Associação dos Defensores Públicos têm dado o seu melhor para o progresso da Órgão, de forma que as Defensoras e Defensores Públicos não sejam prejudicados. Me defino como uma mulher corajosa, verdadeira e generosa, assim como uma profissional realizada e nenhum embate político vai me fazer desistir, pelo contrário, me influenciam sempre a lutar cada vez mais pela melhora da instituição e também no atendimento da população”, finaliza.