Foi aos 30 anos que Haroldo Hermenegildo Ribeiro decidiu ingressar na faculdade. Na época, escolheu o curso de direito e nessa jornada descobriu a necessidade de trabalhar em prol dos hipossuficientes, e há sete anos atua como Defensor Público na comarca de Fátima do Sul.
“Trabalhei como metalúrgico por 17 anos e só depois fui fazer um curso de ensino superior. Nesse período descobri a necessidade de auxiliar os mais fracos e hoje eu faço isso. Minha área de preferência é aquela que abro o processo e alguém precisa da Defensoria Pública, é poder levar esperança a quem muitas vezes desistiu da própria história”, afirma Dr. Haroldo.
Durante esses sete anos frente a Defensoria Pública, Dr. Haroldo Ribeiro destaca a admiração e persistência do órgão para com os colaboradores e também os assistidos. “Essa nossa profissão muda totalmente a forma de ver o mundo, pois convivemos de forma real com o descaso, a fome, doenças, violências e outras enormes violações para com a dignidade humana. A Defensoria Pública tem um papel fundamental na sociedade e busca incansavelmente valorizar seus membros e seus assistidos, jamais vou desistir do meu trabalho, pois me considero combatente e não aceito condições ou situações incômodas”, opina.
Questionado sobre uma lembrança marcante, o Defensor Público relembra de um caso quando foi recém empossado. “Uma família me procurou para atender um caso de estupro, pois os advogados tinham renunciado e outros não tiveram interesse, pois entendiam ser impossível uma absolvição e a gravidade dos fatos. fiz o processo e o assistido foi absolvido por ausência de provas”, conta.
Como associado da ADEP-MS, o defensor Público está desde o dia em que tomou posse e afirma que a associação tem feito um trabalho de excelência frente os desafios políticos. “Sempre lutei pelos direitos da minoria e desistir da carreira por ataques políticos seria covardia, além disso a ADEP-MS vem ao longo dos anos realizando um trabalho fantástico em prol dos associados”.
“A defensoria pública é um tradutor que transforma a voz oprimida em um grito de liberdade e conquistas”, finaliza.